O 1º Bate-papo sobre a Mulher na Ciência teve como convidada a PhD Marcia Barbosa, Diretora do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), e aconteceu na tarde desta quinta-feira (12), data que marca os 51 anos da Fundação Liberato.
A cientista problematizou sobre a baixa, ou quase nula, representação de mulheres em entidades e eventos da área de física, em nível nacional e mundial. Além disso, por meio de pesquisa realizada com dados de bolsistas do CNPq, enfatizou que muitas mulheres acabam deixando a pesquisa de lado por situações que as sufocam pouco a pouco, referindo-se aos preconceitos enfrentados no dia-a-dia.
Ela mencionou várias mulheres com grande relevância em seus estudos na área da ciência, entre elas: Marie Curie, Lise Meitner, Maria Mayer. Salientou que foram necessárias políticas de ações afirmativas para que as mulheres passassem a conquistar seu espaço na pesquisa, afirmando que “A diversidade torna melhor a resolução de situações.”
Marcia compara piadas e pequenos preconceitos diários como “picadinhas de mosquito”. Segundo ela, “Incomoda, uma pode não doer, mas experimente 100 por dia, todos os dias.” Ressalta ainda que, parte de seu trabalho é lutar pela conquista de espaço para as minorias, questionar sobre a equidade de homens e mulheres dos grupos em que faz parte e dos lugares que frequenta, afirmando que “A empatia é uma arte.”
O evento aconteceu no auditório da escola e contou com a participação de um grande público, entre alunos e servidores.
A realização foi do Eixo de Educação e Cultura – Coletivo Feminista Liberato.
