E foi exatamente isso que aconteceu na manhã desta terça-feira com as alunas do Curso Técnico de Química da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, Muriel Schiling Krohn e Maria Helena Ferreira. Elas apresentaram seu projeto para o Prêmio Nobel de Química 2008, Martin Chalfie.
Meio sem acreditar no que estava acontecendo, as finalistas, que foram premiadas na Mostratec (Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia) e credenciadas à Intel ISEF, ficaram muito felizes com essa oportunidade única.
Elas estão apresentando o projeto “Estudo e caracterização da atividade antimicrobiana do estigma do milho (Zea mays)”, com o objetivo de comprovar a eficácia de substâncias extraídas dessa planta no combate à infecção urinária. A orientação é de Maria Angélica Thieli Fracassi.
A Intel ISEF conta com projetos de 80 países. O Brasil está representado por 18 trabalhos credenciados pela Mostratec e pela Febrace e mais três pela Escola Americana de Campinas (SP).
A premiação está estimada em, aproximadamente, US$ 5 milhões entre bolsas de estudos e prêmios em dinheiro.
Sobre o projeto
A medicina popular brasileira possui um conhecimento empírico, transmitido através de gerações, que associa o uso de plantas e outros elementos naturais para o tratamento de doenças. Como exemplo, o chá do estigma de Zea mays (extigma de milho) é usado para o tratamento da infecção urinária, embora não haja evidências científicas. A infecção do trato urinário é uma doença comum, geralmente causada por bactérias como Escherichia coli e Staphylococcus aureus, que afeta mais de 150 milhões de pessoas anualmente em todo o mundo. Entre os vários sintomas que podem ocorrer em pacientes afetados por esta doença, persistem dores, febre e desconforto ao urinar. A pesquisa teve como objetivo comprovar a eficácia de substâncias extraídas desta planta, bem como compreender a razão de tais fenômenos.
No dia 15, os finalistas serão avaliados em dois momentos (manhã e tarde).
Foto: Prêmio Nobel Martin Chalfie, Muriel e Maria Helena.